Deve ser de mim
  • INÍCIO
  • THE SHOW MUST GO ON
  • HISTÓRIAS QUE GUARDO
  • IMAGENS E NÚMEROS
  • 5 PERGUNTAS
  • 4.0
  • INÍCIO
  • THE SHOW MUST GO ON
  • HISTÓRIAS QUE GUARDO
  • IMAGENS E NÚMEROS
  • 5 PERGUNTAS
  • 4.0

4.0

Imagem
7 Novembro, 2017  |  By Patrícia Matos  |  In 4.0

Web Summit

Há umas semanas recebi uma mensagem de um querido amigo que perguntava: “A 4a Revolução Industrial ou 4.0, a Inteligência Artificial, a Robótica, os Intangíveis e o Motor Impossível (NASA)  põe em causa o paradigma actual e as leis da ciência e da física? Concordas?”. Respondi: “Não, acho que as máquinas não põem nada em causa. O que está em causa é o que se faz com elas, A responsabilidade é de quem programa, de quem projecta, investiga. As máquinas servem para ajudar no desenvolvimento da Humanidade. Facilmente se perde o controlo se não houve a clara noção e certeza do lugar onde se quer chegar”.

Ontem, Stephen Hawking disse na abertura da Web Summit que “a inteligência artificial pode ser boa ou má. depende dos humanos”. Não podia estar mais de acordo.

Dois robots estiveram à conversa na Web Summit, hoje, para espanto de muitas pessoas. Na verdade, falou-se muito de Inteligência Artificial (AI) ao longo do dia. Destaco a ajuda que a AI pode dar na identificação de crianças desaparecidas, através de reconhecimento facial. O sistema está desenvolvido nos Estados Unidos mas o objectivo é que chegue a todo o Mundo.

Brian Krzanich, CEO da Intel, explicou as vantagens de milhões  de dispositivos estarem conectados, ligados em rede, para o desenvolvimento da IA.

 

Enquanto isto… 2.500 jornalistas trabalhavam como podiam, na Media Village.

A minha passagem pela Web Summit foi rápida, hoje, mas ainda deu para descobrir a TICO, uma app de mensagens que tem como objectivo filtrar as mensagens que recebemos, de acordo com o local onde nos encontramos. Ou seja, se definirmos o local para “trabalho“, a app só aceita mensagens de quem está associado a esse grupo. Se chegamos a casa, e mudarmos a localização para “casa”, a app passa a receber mensagens de amigos e família. O objectivo é, além de filtrar, ajudar-nos a focar nas várias tarefas que precisamos desempenhar. Não estou a inventar se disser que TODOS perdemos tempo a mais nas redes sociais quando devemos estar mais focados no trabalho, certo? Eu sei que não me deixam mentir!

Além de ter achado a ideia curiosa (a minha forma de evitar é esquecer o telefone durante umas horas), a pessoa responsável por esta app vem de Taipei, Taiwan, do outro lado do Mundo. Isso demonstra bem o carácter universal desta cimeira. Mais, foi a única pessoa, de todas as startup que vi, que se dirigiu a mim para me convidar a conhecer o seu negócio. Este género de nova economia vive muito da capacidade de a comunicar às pessoas, aos investidores, ao público, em geral. Está disponível para download.

 

    FIND OUT MORE    
Imagem
6 Novembro, 2017  |  By Patrícia Matos  |  In 4.0

Globalização, empresas e borboletas

“Num mundo globalizado, o bater de asas de uma borboleta na Amazónia bastaria para desencadear um terramoto no Texas”.

A frase do matemático Edward Lorenz não podia fazer mais sentido nem estar cada vez mais perto da realidade. Mas é preciso perceber o que é a globalização. Esta palavra que anda na boca de toda a gente, ainda mais nestes dias de Web Summit em Lisboa (um dos evento mais importantes para o país, já lá vamos).

Globalização pode ser tanta coisa… que fiquemos por estas duas possibilidades: “significa ligar as acções e os destinos de cada indivíduo, organização complexa- seja ela uma sociedade comercial ou uma universidade- e comunidade, por exemplo, a uma nação, às de outros indivíduos, organizações e comunidades” (Bonaglia e Goldstein, 2003). Zygmunt Bauman é mais pragmático e tem a definição que pode reunir o maior número de adeptos: “a globalização é a desvalorização da ordem enquanto tal”, era/é vista fundamentalmente do ponto de vista mercantil.

No entanto, é a definição de Anthony Giddens que, talvez, mais faça sentido: “a globalização significa a intensificação das relações sociais à escala mundial de tal forma que faz depende aquilo que sucede a nível local de acontecimentos que se verificam a grande distância e vice-versa”.

Voltamos à borboleta, certo?

Outros autores que defendem que a globalização é apenas uma versão moderna do colonialismo. O principal argumento desta ideia analisada, por exemplo, por Martin Khor, é a existência de normas, acordos e instituições que vêm definir, fora dos espaços restritos de cada Nação, as regras comuns de cada processo.

Eu acredito que a globalização e a tecnologia andam de mãos dadas. Concordo muito com Thomas L. Friedman do The York Times (já falei dele no post sobre os avanços tecnológicos do anos de 2007) quando diz que “ a inexorável integração de mercados, estados-nações e tecnologias a um nível nunca antes atingido, com a consequência de permitir aos indivíduos, às empresas e aos estados-nações estender a própria acção por todos o mundo mais rapidamente, mais profundamente e com menor custo do que alguma vez foi possível anteriormente”.

A globalização vem aproveitar os sistemas de ligação que nasceram com a 3ª Revolução Industrial (3ª RI) mas que, com a 4ª Revolução Industrial (4ª RI) aproveitaram a transição que cresceu desse processo. Novo, aqui, é a capacidade de estar num canto do mundo, a fazer negócio com outro canto.

Dou-vos um exemplo muito simples: em maio desenvolvi uma reportagem sobre a 4ª RI e as várias áreas em que estava a ser aproveitada em Portugal. Falei com muitas pessoas, conheci muitas realidades que me deixaram fascinada; uma empresa em Câmara de Lobos, na Madeira, altamente tecnológica, que faz a gestão de parques de estacionamento de Portugal inteiro e de Espanha e gere o recrutamento de algumas das autarquias mais importantes do país. Tudo, a partir da ilha, com poucas dezenas de trabalhadores mas com recursos humanos altamente dotados e tecnologia da mais desenvolvida a nível nacional. E depois, um escritório de advogados bem no centro de Lisboa, onde já praticamente não se utiliza papel, todos os dados são armazenados em cloud, disponíveis em qualquer lugar, desde a rua à sala de audiências, em qualquer parte do mundo.

O que se está a negociar por estes dias na Web Summit, em Lisboa, é este conhecimento, são estas oportunidades, são estas formas de fazer avançar a humanidade para que possa viver melhor, de forma mais saudável e exequível.

No ano passado estiveram representadas em Portugal 1.490 startups de todo o mundo, mais de 1.330 investidores (ainda hoje ouvi num canal de televisão uma senhora a dizer que tinha vindo da África do Sul), 677 oradores e 2 mil jornalistas. Foram precisos 3 7mil quilómetros de cabos de fibra, o suficiente para subir o Monte Evereste quatro vezes. A organização revelou que estiveram em Lisboa 53.056 pessoas, de 166 países diferentes. Este ano são 60 mil participantes.

As transmissões via Facebook chegaram a 4 milhões e foram trocadas mais de 1,8 milhões de mensagens.

Não é difícil de acreditar que a receita deste ano seja projectada em 300 milhões de euros.

Ah, e este ano, a Web Summit vai contar com 2 oradores robot. Um dos robots chama-se Sophia, tem forma humana, capaz de recriar uma série de expressões, identificar e reconhecer rostos e manter conversas fluídas.

Curiosos? Eu também.

 

(Imagens: Google)

    FIND OUT MORE    
←Prev Page
123
Next Page→

Patricia Matos

Sou grata porém inconformada. Optimista mas atenta. Alegre mas ponderada. Muito resiliente e ainda mais focada. Por isso, permitam-me a pergunta: se a vida vos dá limões por que insistem em fazer sumo de maçã?

[email protected]

Facebook

Facebook Pagelike Widget

Instagram

Please check the widget data

@2020 Deve ser de Mim. Todos os direitos reservados.