10 anos é imenso tempo.
Lembro este dia como se fosse hoje. E os anteriores e os seguintes. Sem magoa, nem saudosismo. Nada disso. Eu era uma miúda, com 25 anos e três de televisão. Não sabia nada disto. (Hoje ainda tenho tantas dúvidas…) Apenas recordo como recordo as vezes que ia com os meus pais a Constância e passávamos o Rio Tejo, de barco. A água fresca do Rio ainda me toca nas mãos. Daquele dia lembro a água e sei como me tocou. A única coisa que me faz pensar nisso é saber que quem me escolheu naquele 4 de setembro, continuaria a escolher-me, se fosse hoje. Isso dá muita paz, tranquilidade e significa muito. A confiança é a base das relações humanas. Quem trabalha em televisão conhece o desgaste que o meio provoca. A corrosão é mais rápida. A base é tudo.
10 anos depois (menos uns pozinhos), quis o destino Que estivesse ali, no mesmo lugar.
O que tenho a dizer? Gosto do destino. Acredito que está traçado. Se é para chegar, chegamos. Com gratidão e foco no futuro. O caminho é em frente.
Sobre os 10 anos… caramba. Tenho de aproveitar mais a vida. Isto passa realmente muito rápido.
Mais do que devia.