Às vezes nem percebemos que o estamos a cometer.
Achamos que para nós faz sentido e esquecemos o outro lado. Depois lá vem a realidade e dá-nos assim um safanão pelas costas, um rombo que nos faz perder a força nas pernas e o alinhamento da coluna.
O erro é um erro é isso pesa. Carrega-se. E custa.
O erro tolda-nos.
Faz -nos humanos. Lembra-nos que somos impressionatemente imperfeitos. Que essa é a grande condição da vida.
A imperfeição.
O saber que por mais direitos que andemos, por mais inspirados que estejamos… acabamos por fazer alguma coisa errada. Por que é assim. Às vezes é uma acção, outras uma palavra, uma frase que cai mal, um tom desapropriado.
Não quer dizer que sejamos más pessoas, pouco íntegras ou de menor confiança. Quer dizer apenas que a adaptação à vida é constante. Que a nossa procura pelo que é mais correcto não acaba aos 25, 34, 40 ou 60 anos.
O erro é penoso.
Caramba… se é. O que fazemos com ele? O mesmo que fazemos com a razão: nada, a não ser saber que o possuímos. Saber que é nosso, que o praticamos e que não nos vai deixar.
O erro possibilita-nos.
A ser melhores. Para os outros e para nós. Redefine os limites da liberdade. Abre espaço ao perdão. A dar uma oportunidade. A saber que aquilo é uma parte e não um todo.
O erro faz-nos pessoas. E ensina-nos a não errar.
Outra vez.
Bem-vindos à vida real.