3…
O amor é bom mas a a amizade é a melhor coisa do Mundo. Aprendi isto há muitos anos mas 2018 deu-me essa lição… como se fosse preciso. Talvez fosse, ainda não percebi. Neste ano que termina hoje os meus amigos foram a minha rede. A família está noutro patamar, sempre será a minha base. A rede é diferente… em 12 meses só não delirei de tristeza por eles. Estiveram lá, nunca me deixaram sozinha nos dias de cláusula, nos dias mais tristes e durante o mês de agosto, em particular, não houve um único dia que tivesse jantado sozinha. Um único dia. A presença é importante, a reciprocidade é essencial e eu sei que não consegui estar lá para eles. Por que não tive força, por que não tive cabeça, por que não tive capacidade. Por que houve dias em que eu só queria dormir e esquecer. Eles nunca me deixaram perder-me do meu propósito aqui. Deixaram-me chorar mas não permitiram que me demorasse na tristeza. Os meus amigos são um sol que rompe a linha do horizonte, são o que faz a diferença num dia já bonito… os amigos mostram por que o dia é especial. Tenho braços pequenos mas o meu coração é grande, se é, para os amar. E está cheio de gratidão. Nem podia ser de outra maneira.
2…
2018 foi pesado. Estive doente 12 meses. Sim, ainda estou. Em franca recuperação mas ainda estou. Não vou prendar-vos com lamúrias por que também não faço disso os meus dias. Mas não vou mentir: cansa, pesa, tortura. Parece que há sempre um problema que surge depois do outro, como que a por em prova a resistência, a resiliência e o sorriso. ‘Deus dá as maiores batalhas aos seus melhores soldados‘. Não esquecerei.
2018 obrigou-me a parar e perceber que o mais importante da vida sou eu, que preciso estar bem ou corro o risco de… me perder. Obrigou-me a aceitar. Obrigou-me a perceber que não controlo nada e isso é… assustador. Mas lá no meio do medo também me mostrou que há uma luz e eu encontrei um lugar seguro: chama-se fé. Tenho o coração a transbordar dela, tenho a alma cheia de alegria e os ombros reforçados para carregar o que aí vier. Tenho coragem. Antes eu via tudo próximo do 0, agora aprendi a levantar a cabeça, a olhar para cima… E já estou muito próximo do 100.
É um caminho.
1…
Disse, desde o primeiro dia, que 2018 seria um ano espectacular. E foi! Por todas as razões que enumerei neste countdown, por todas as coisas que senti, aprendi, que se infiltraram na minha pele e me demonstraram que o mais importante não é ser-se estupidamente eficiente, não é cumprir prazos rigorosos, não é mostrar à sociedade que se é multitasking, que se chega a todo o lugar numa tarde, que no meio disto se consegue ter um corpo de sonho, uma cara bonita e que é possível fazer sempre mais.
O mais importante é ser -se estupidamente feliz. Eu sou feliz. Na minha pequenez, no nada que tenho, nas minhas limitações, no refúgio da minha casa, no momento em que sinto um coração bater como se estivesse fora do peito… esses momentos eu ganhei em 2018. Foi preciso esperar quase até ao fim do ano mas valeu muito a pena. Valeu tanto, tanto a pena…!
Para 2019 tenho apenas um desejo: o que tiver de acontecer de mal aos meus, que venha para mim. Eu já estou reforçada, já tenho força. Eu aguento!
Quero sorrir, leve, solta, sem medos, sem pesos, sem chatices. Quero viver.
Não sou perfeita. Respiro de alívio por isso! Mas posso melhorar ( há coisas que não mudam…). Estou a fazer a minha parte.
O mais importante da vida ter que ver com pessoas e amor. Nunca se esqueçam disto.
Venha de lá esse ano novo.
SIGA!
Feliz 2019!