Admiro quem fica. Quem não se deixa derrubar pela vida, por mais tombos que dê, por mais chapadas que leve, por mais vezes que caia ao chão. Admiro quem sofre de uma resiliência sem fim, quem confia todos os dias mais, quem se entrega à fé.
Mas admiro quem bate com a porta. Quem diz ‘já chega’ acompanhado de um ‘já não está a ser bom para mim, já não me faz bem’. Quem dá o salto para fora de pé, para o desconhecido, para algo que nunca viu, nunca cheirou, nem sabe ao que sabe. Quem diz ‘não quero mais’e termina com ‘não sei por onde vou mas não vou por aí’.
Hoje separei-me de uma pessoa dessas. Uma pessoa que decidiu.
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