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27 Setembro, 2018  |  By Patrícia Matos In HISTÓRIAS QUE GUARDO

Mexa-se, pela sua saúde! #5

Estão a ver aquelas pessoas que surgem na nossa vida por acaso e que se tornam profundamente importantes, ao ponto de serem insubstituíveis? Apresento-vos o Humberto Simões. Para falar dele tenho de respirar fundo para não ser tendenciosa. Até porque o que nos traz aqui é o desporto e isso, só por si, vale a pena saber. 

Das primeiras coisas que aprendi, pelo Humberto, foi este amor ao futebol. Perdão, ao Eléctrico! Quando se fala em fins de semana ele lá diz que tem jogo, que vai encontrar os amigos e que não troca isso por nada no Mundo. Sim, o desporto é isso: espírito de equipa, amizade, entreajuda, valores que hoje se tratam por soft skills mas que parecem esquecidos pela maioria das pessoas. E eu fico feliz por que ele é assim. Por que, ao fim destes anos, continua a ir lá, a querer jogar, a estar com os amigos, a dedicar esse tempo ao que também é importante e nos faz pessoas, todos os dias.    

Das últimas vezes que falamos do Eléctrico, o Humberto estava aborrecido: tinha dado um jeito qualquer nos joelho e estava em dúvida para os jogos do fim de semana. Mas… “É um jogo grande, tu já viste? Eu não posso falhar!”. Eu lá dei uma de conselheira e expliquei-lhe que a prudência é tão boa companheira. Esqueçam. 

Querer é poder. Seja a 3 quilómetros. A 30. Ou a 300. Aqui está a prova. Leiam tudo, assim, sem respirar! 

 

 

O meu amor Eléctrico!

Lembro-me de ir ver os jogos do Eléctrico Futebol Clube desde sempre.

De 15 em 15 dias, aos domingos à tarde, lá ia eu, da pequena aldeia de Tramaga até ao campo do clube mais representativo do concelho de Ponte de Sôr. A maior memória que guardo da infância, é a do dia em que o Eléctrico recebeu o Sporting. O sorteio da Taça de Portugal ditou que os leões fossem ao Alentejo e foi um dia de festa. Lembro-me de mal ter dormido, de acordar cedo para me despachar e de chegar ao campo de terra batida. Lembro-me da surpresa por perceber que não havia lugares à volta do terreno de jogo e ver, pela primeira vez, bandeiras por todo o lado. Lembro-me de estarmos a ganhar 1-0 e, já bem perto do final, o Sporting passar para a frente (1-2). Mas também me lembro de ficar com aquela sensação de que os nossos jogadores foram uns heróis. E foram. Eu tinha pouco mais de seis anos mas lembro-me. Aos 10 anos, fui convidado para ingressar no Eléctrico. Quando pedi ao meu pai, só meteu uma condição. “Eles têm de te vir buscar e levar”. Da Tramaga – curiosamente, nunca joguei oficialmente pelo clube da minha aldeia -, ao campo de jogos eram uns três ou quatros quilómetros. Aceitaram a proposta do meu pai. E estreei-me com o emblema do barquinho ao peito. Dois anos antes de ter idade para jogar na equipa principal, acabaram com o meu escalão e tive de procurar outro clube. Correu tão bem que jogava pelos juniores ao sábado e pelos seniores ao domingo. Correu tão bem que no ano a seguir fui contratado por outro clube. Correu tão bem – sim, não é repetição, foi mesmo noutro ano -, que o Eléctrico voltou a chamar-me. Já com idade para jogar nos “crescidos”, aí estava eu na equipa principal. Com o meu primeiro ordenado. Não era milionário, mas dava para as despesas de um jovem de 19 anos. Aí estive cinco anos, até começar a trabalhar em Lisboa como jornalista. Até ser operado ao joelho pela primeira vez. Sim, coleciono duas operações ao joelho, dois sobrolhos abertos, dois dentes partidos – sim, tudo aos pares e nunca ao mesmo tempo -, mas ganhei muito mais do que perdi. Ganhei mais jogos. Ganhei mais amigos. Ganhei mais armas como homem. Foram 25 anos como jogador federado, em sete clubes, de três distritos. Acabou aos 35. Bom, na verdade, não foi o fim. Eu sei que agora a exigência não é a mesma, mas aos fins-de-semana lá vou eu, do Montijo a Ponte de Sôr. Imaginem que agora até temos dois campos, um relvado e um sintético. Imaginem que agora até temos dois fatos para ir para os jogos, um de inverno e um de verão.

Imagem que agora, mesmo nos veteranos, jogo no clube do meu coração.

Sim, o meu amor é o Eléctrico!

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Article by Patrícia Matos

Sou grata porém inconformada. Optimista mas atenta. Alegre mas ponderada. Muito resiliente e ainda mais focada. Por isso, permitam-me a pergunta: se a vida vos dá limões por que insistem em fazer sumo de maçã?

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Patricia Matos

Sou grata porém inconformada. Optimista mas atenta. Alegre mas ponderada. Muito resiliente e ainda mais focada. Por isso, permitam-me a pergunta: se a vida vos dá limões por que insistem em fazer sumo de maçã?

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