Sei elogiar. Faço-o quando sinto. Quando acho que as pessoas merecem. Quando percebo que fazem e agem por amor. Sem interesse. Com o coração. Posso não ter ligação, não ter amizade, mas se reconheço, sou capaz de o dizer.
Os melhores elogios que recebi foram de dois homens. Em duas situações diferentes da minha vida. Curiosamente, duas pessoas que não se conhecem. Separados por mais de 10 anos.
Foi uma vez, no fim de uma emissão, ainda no meio de toda a confusão, quando os níveis de adrenalina estão bem lá bem no alto. Estavamos todos a começar a descomprimir. Não sei como começou a conversa. Não sei como chegamos ali. Estou a ver a expressão, estou a ouvir as palavras. E, assim, sem mais, ele diz “Quando és tu quem está no ar estamos todos muito descansados“. Eu petrifiquei. Depois emocionei-me. Ele fugiu. Eu ‘estava no ar’ há muito pouco tempo. Nem sei se ainda se lembra de me ter dito isto mas acredito que sim.
Da outra vez, foi durante uma troca de mensagens. Sobre a vida, a minha doença, o trabalho, as limitações da vida, livros, política, pessoas. Sim, falamos mesmo sobre isto tudo, a qualquer hora, em qualquer momento. Ao mesmo tempo. A contabilidade dos dias de conversa estava já bem para lá dos 100. E assim, no meio daquela amálgama toda, surge a frase… “Gostava que a minha filha fosse como tu, quando crescer“. Tenho a certeza que a emoção de quem as escreveu foi tão grande como a minha, ao ler. Não me lembro da resposta que dei. Acho que não foi preciso dar nenhuma, em concreto. Quando as pessoas se gostam, quando se têm no coração, quando sabem de onde vêem e ao lado de quem caminham… não são precisas muitas palavras.
Por isso vos digo… “As jóias bonitas, o sorriso luminoso, a roupa gira, os sapatos distintos”… são coisas boas de se ouvir mas tão relativas. São só coisas.
As duas frases acompanham-me todos os dias. Quando tenho dúvidas do que posso ser ou de onde consigo chegar… lembro-me delas. Nos dias maus, lembro-me delas. Nos dias felizes, lembro-me delas. E, assim, nunca me esqueço do que sou.
Oh minha querida tenho a certeza que as palavras (gostava que minha filha fosse como tu ) vai ouvir muitas vezes,não tenho filha ,mas tenho filho único também como a excelente Patrícia.
Quantas pessoas dirão essas palavras ,acredite que quem a vê diariamente mesmo sendo à distância conseguimos ler no olhar ,no comunicar sem falhas seja qual o registo dificilmente nos enganamos .
Oxalá não lhe falte saúde ,para que possamos vê-la através do ecrã por muitos e longos anos ,com graduação tem o seu lugar seguro acho eu ,os melhores são isso mesmo valorizar o esforço é sempre agradável.
Pensamentos positivos
Admiro -a desde que nos dá noticias
Parabéns