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26 Julho, 2018  |  By Patrícia Matos In HISTÓRIAS QUE GUARDO

Dia dos Avós

Imagem: Pinterest

Neste dia dos avós recupero um texto que escrevi aqui em Janeiro deste ano. Recordava os tempos que passei com os meus avós maternos, durante a infância, na quinta onde viviam. Tenho muitas saudades, hoje faria muitas coisas diferentes. Aproveitava-os mais. O meu avô Henrique é a minha estrelinha. Sei que onde está, onde estão… estão sempre a olhar por nós.

 

O essencial é invisível aos olhos

Passei muito tempo com os meus avós maternos.
Quando eu era pequenina era assim que se fazia quando os pais não podiam estar sempre connosco. Depois mudou tudo e agora os netos já vão para casa dos avós, outra vez. E que bom que é, imagino. Os meus avós maternos já não estão fisicamente comigo mas sinto-os cá todos os dias. O meu avô Henrique era só a melhor pessoa do mundo. Ainda não tínhamos chegado perto dele e já os olhos brilhavam, rasos de água. Tinha-nos um amor excepcional, uma coisa sem medida. Quando eu e a minha mãe chegávamos lá estava ele, sentado na sua cadeira de madeira, virada ao contrário, a fumar o seu cigarrinho e a ver os comboios passar. Sempre à espera de ver alguém, nos dias tão longos da velhice, que o separavam de momentos mais preenchidos, de quando era novo e fugia da minha avó para ir beber o seu copinho de vinho à taberna. O meu avô tinha os olhos doces, de uma calma que já não existe, de uma ponderação que ja não se pratica. O meu avô deu-nos, a nós netos, um exemplo de tudo: de trabalho, de força, de humanidade, de carinho e resiliência: nunca, até morrer, se queixou do que quer que fosse. A frase foi ‘Eu estou bem’… Até ao fim.
Há muito tempo que acredito que ele é a minha estrelinha lá em cima, sinto-o. E sei que os meus primos também. Um de nós herdou o seu nome.
A minha avó Esperança era igual no exemplo: mulher danada para criar os filhos e ainda tomar conta dos netos, mas menos dada aos afectos. As suas manifestações de ternura eram sob a forma de qualquer coisa: uma saia de peitilho cosida na máquina, uma travessa cheia de batatas fritas às rodelas (chefes de todos o mundo, podem tentar… nunca hão-de conseguir sabor igual), toucinho assado (idem), café na cafeteira que estava todo o dia no lume, e saquinhos de retalhos que combinava como ninguém, com a mestria de quem aprendeu a fazer pachtwork numa qualquer escola de arte, tão maravilhoso para alguém que nem sabia escrever.
Nesta altura, o nosso chá ainda não chegava a casa em saquetas, eram infusões de plantas que havia no quintal. Hoje fiz chá de lúcia lima, com as mesmas folhas. A minha casa ficou perfumada com este cheiro tão rural, tão nosso, tão distante.

Ao senti-lo, viajei. E voltei a percorrer a casa dos meus avós, a ouvir os risos dos primos, felizes, a correr pela quinta e a abrir a porta do galinheiro.
Caramba… Tenho tantas saudades deles.

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Article by Patrícia Matos

Sou grata porém inconformada. Optimista mas atenta. Alegre mas ponderada. Muito resiliente e ainda mais focada. Por isso, permitam-me a pergunta: se a vida vos dá limões por que insistem em fazer sumo de maçã?

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Patricia Matos

Sou grata porém inconformada. Optimista mas atenta. Alegre mas ponderada. Muito resiliente e ainda mais focada. Por isso, permitam-me a pergunta: se a vida vos dá limões por que insistem em fazer sumo de maçã?

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