Os momentos mais sagrados para mim, durante o programa, são os intervalos. Agora mais longos, outras alturas mais curtos mas sempre, sempre sagrados. Toda a gente sai, não chegam convidados, só a João para retocar a maquilhagem. Porquê? É nestes momentos que me calo. Sim. Isso mesmo. Pausa. Silêncio. Numa emissão de 3 horas e meia estas suspensões fazem tanta, tanta diferença. E acreditem… eu também me canso de me ouvir. E não é raro.
Quando paro, gosto de estar recatada e este ponto aqui, no centro da mesa do jornal, é o meu preferido. Para a frentes, só as câmaras, minhas amigas de há anos, para trás, uma estrutura que me esconde e me protege. E ali passam os minutos, até aos 50 segundos em que me levanto e ocupo o meu lugar.
Quando se está muitas horas em estúdio vamos procurando recantos, como se estivesse em casa e precisasse de um espaço para o momento zen. É aqui que organizo o meu dia, que penso nas minhas coisas, que reflicto e analiso o que está a correr bem ou menos bem, na emissão.
Para muitos é um ponto central, para mim é um oásis: sossegado, escondido e silencioso.
Patrícia porque estas a ser pensativa ,esses tempos já passarem desde a faculdade és o que és , estivemos num dos lugares para aperfeiçoar o nosso ego , só a nossa idade futura não pode compensar com a idade do corpo , não acredites na velha maturidade e sabedoria, porque tem pessoas mais velhas que não sabem o que e isto , só falta juntar sozinha com solidão , poe espaço vazio no coração de lado e encha com algo….