Televisão é trabalho de equipa. Ninguém pense o contrário. Ninguém pode pensar o contrário. Para o bom e para o mal, estamos sempre juntos. No fim de semana estivemos todos em Guimarães.
A semana foi de trabalho para toda a gente e chegamos já tarde, na 6a feira. Eu consegui descansar mas esta equipa não: às 8h da manhã já estavam a montar o que seria o nosso espaço, no Largo da Oliveira. Guimarães recebeu também, ontem, a Corrida dos Conquistadores, na rota das EDP Running Wonders, corridas que percorrem os lugares Património da Humanidade, como Évora ou a Região Demarcada do Douro.
Guimarães encheu-se de sol para nos receber, sol e muito calor. A uns quilómetros dali, o Presidente da República desmaiou, em Braga. No Centro Histórico de Guimarães os termómetros marcavam 37 graus celsius, não corria um vento, uma brisa, nada. No sábado, eu tomei 3 banhos mas a equipa não conseguiu. Deixou o suor secar no corpo por que… era preciso estar ali. Era preciso garantir que tudo aquilo funcionava, que nenhuma luz estava a apontar para o sítio errado, que todos os cabos estavam ligados, que todos os aparelhos funcionavam e que eu tinha tudo o que era preciso para representar bem o esforço de todos. A equipa que esteve na cidade-berço era composta por cerca de 50 pessoas. Repito, 50 pessoas, meia centena. Muitas eu conhecia, outras não. Aqui, não estamos todos, alguns ainda estavam a trabalhar.
Acreditem, é uma responsabilidade por que eu sou apenas o fim da linha. Eu sou apenas uma pessoa mas sou a pessoa que tem de fazer tudo bem. A iluminação pode estar perfeita, o cenário pode ser lindo, a minha roupa ficar maravilhosamente bem, assim como a maquilhagem e cabelos… se eu falhar, me enganar ou disser algum disparate é o trabalho de 50 pessoas que vai por água abaixo, acaba ali, naquele instante. A responsabilidade é grande mas não faz sentido pensar nisso, antes. Por que a carga emocional aumenta e, aí, a probabilidade de correr menos bem é maior, os nervos são inimigos.
Correu tudo bem, no final conseguimos sorrir, acho que se percebe. Mas, mais importante, sorrimos durante o processo, desfrutamos, fomos pessoas, em vez de máquinas. Máquinas de trabalho seremos sempre, está-nos no sangue. Estou muito grata por este fim de semana. Foi a minha primeira experiência nas Running Wonders e espero que se repita. Ambiente fantástico, pessoas maravilhosas, recepção mais que calorosa (literalmente)! OBRIGADA, GUIMARÃES.
Não deu para visitar muita coisa, nem para tirar fotografias. Um mar de gente e acreditem que caminhar com 37 graus é mesmo só para quem é corajoso, que não é o meu caso.