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4 Junho, 2018  |  By Patrícia Matos In HISTÓRIAS QUE GUARDO

Aprender

Quando me acreditei para a Gen Summit 2018 (Global Editors Network) não fazia ideia que iria acompanhar o evento, para a TVI e TVI24, foi há muito tempo. Acreditei-me por que queria mesmo aprender e perceber quais as apostas de todo o mundo do jornalismo, no digital e nas novas plataformas e também porque isso faz parte da minha investigação, nos vários momentos que estão a decorrer.

Acho, aliás, tenho a certeza, que estamos a anos luz de muitas realidades mundiais, principalmente, a americana. Convém não esquecer as imensas diferenças entre Portugal e os Estados Unidos: o território, a sociedade, os valores, a História. Só nestes 4 pontos cabe quase tudo. Em Portugal, o digital surge como alternativa nos media (admito que haja já exemplos de sucesso) mas a televisão continua a ser a fonte primária. Lembro-me sempre de um dos meus orientadores de doutoramento a dizer-me”Não vais inventar a roda…!” e acabo por em rir e dar-lhe razão, obviamente.

Das pessoas que mais gostei de conhecer na semana passada destaco a Cory Haik.

É a actual Presidente da Gen Summit e publisher da Mic, uma empresa de difusão de media. A história da Cory é contada de forma cativante: o pai é engenheiro informático e , então, decidiu que queria fugir à tecnologia. Mas a vida, que é bem tramada, às vezes, fê-la ir exactamente por aí. Passou metade da existência no jornal Washington Post, onde chegou na fase em que começavam todas as oportunidades, no jornalismo, e onde desenvolveu projectos relacionados com as novas plataformas. Venceu dois Prémios Pulitzer, os mais importantes da imprensa americana, em 2006, pela cobertura da devastação do furacão Katrina e, mais tarde, em 2010 pelo acompanhamento de um tiroteio com polícias em Seattle. Reconhece que hoje, com toda a tecnologia, o trabalho que desenvolveu nestes dois momentos tão importantes seria ainda mais desafiante e completo. A História tem destas coisas, deixa-nos olhar para os acontecimentos e perceber que fizemos tudo bem, tudo o que era possível, com todas as ferramentas ao nosso dispôr. Depois, passado um tempo, olhamos e parece que não fizemos nada… que ironia. Passado é museu, é memória e, às vezes, boas recordações. E um sorriso.

Conhecer a Cory faz-me perceber que estamos (nós, portugueses) longe de uma série de realidades, que nos apaixonam a ambas. Portugal quer afirmar-se nas novas plataformas mas a sociedade ainda não deu ‘o salto’, ainda não percebeu que é preciso procurar alternativas e que temos, todos, de encetar uma força conjunta. Não haverá jornais digitais, não haverá plataformas de conteúdos on-line se não estivermos disponíveis para pagar essa qualidade, esse serviço que  vai desaparecer do papel. É uma tendência, é uma evolução, não é um cliché. É preciso perceber esta parte. É a evolução da sociedade que se pauta cada vez por um consumo livre, no sentido de cada um escolher o que quer ler, o que quer ver, o que quer ouvir e quando o faz. Esse é o futuro mas também uma sociedade mais imediata sim, ainda mais imediata e certeira, rigorosa, fiável, de qualidade. É aqui que nós, jornalistas, temos muito a dizer. Não basta ter nome, é preciso que as pessoas acreditem nele. Não basta trabalhar num meio credível, temos de o reforçar todos os dias. Não basta dizer que é verdade, é preciso mostrar… ou então trabalhar tanto que não suscite dúvida. Como me dizia o fundador da Wikipedia “A confiança não custa dinheiro“. Pois não. Não custa. Então o que nos está a falhar?

Conhecer a Cory fez-me sentir muita vontade de ir trabalhar com ela. Partilhamos o mesmo sentimento e crença, o mesmo optimismo. Ela acha que o futuro do jornalismo “Só pode ser muito brilhante”. Lembrou-me os números que mostram que nunca tantas pessoas estiveram ligadas, em rede, em todo o Mundo: 2 bibliões no Facebook e e mais de 1 milhão no Snapchat. É impressionante. De facto, nunca vivemos numa sociedade tão conectada, tão próxima. Por que não tirar partido disso? Concordo e acredito que o futuro só pode ser algo muito bom.

E Cory, se precisarem de alguém, uns tempos em Nova Iorque… eu até me desenrasco a fazer vídeos!!!!

Fotografias: João Paulo Delgado, TVI

 

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Article by Patrícia Matos

Sou grata porém inconformada. Optimista mas atenta. Alegre mas ponderada. Muito resiliente e ainda mais focada. Por isso, permitam-me a pergunta: se a vida vos dá limões por que insistem em fazer sumo de maçã?

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Patricia Matos

Sou grata porém inconformada. Optimista mas atenta. Alegre mas ponderada. Muito resiliente e ainda mais focada. Por isso, permitam-me a pergunta: se a vida vos dá limões por que insistem em fazer sumo de maçã?

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