Espero, sinceramente, que seja das últimas vezes que te dedico um post, HP. Já ninguém te aguenta, nem eu. É tudo tão chatinho que até há quem pense que me tens mantido de baixa médica desde janeiro, achas normal? Garanto-te que não tenho trabalhado num televisão fictícia e nem sou um holograma: aquelas 3h30 são mesmo reais, em directo de Queluz de Baixo, em simultâneo para os 2 canais. Eu estou lá, falo, entrevisto, leio jornais, converso com as pessoas, abraço-as. Palavra de honra. Tão certo como regressar lá já na próxima segunda feira.
Acabou a clausura. Já chega. Foram 140 comprimidos em 10 dias. Consegues perceber como me deixaste? Eu, intolerante a tudo e mais alguma coisa, aguentei a lactose, o potássio, as náuseas, os vómitos e as outras coisas coisas que tu bem sabes, afinal, já somos repetentes. Mas tiro-te o chapéu: desta vez foste mais agressiva, mais matreira e obrigaste-me a parar de forma diferente.
A parar. A nova provação. Sabes, devias sentir-te contente porque eu raramente dou segundas oportunidades (sim, conheço o ditado ‘toda a gente merece uma segunda oportunidade’). Terceiras, é que não dou mesmo. Portanto… é mesmo a tua derradeira hipótese para ir embora. Já disse isto da outra vez, bem sei, mas agora é que não vai dar mesmo: quero voltar a trabalhar, ao ginásio, às pessoas e às coisas.
Fotografia: Carlos Ramos
Dito isto, adeus, HP. Até segunda feira, a todos. Às 6h30. Com energia, alegria e vontade de viver. Até lá!