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20 Dezembro, 2017  |  By Patrícia Matos In HISTÓRIAS QUE GUARDO

O casaquinho

Comecemos pelo início.

Conheci o Centro Sagrada Família (CSF) há umas semanas quando a tia Suzete me desafiou a visitá-lo. A tia Suzete é uma senhora maravilhosa, de 73 anos, mais activa do que eu e que faz mesmo a diferença na vida das pessoas (na minha também): é voluntária. Há uns tempo desafiou-me para conhecer um espaço que eu não sabia que existia, fica entre os prédios mais altos de uma avenida de Algés e a CRIL. O CSF é uma IPSS que pertence à Fundação Obra Social das Religiosas Dominicanas Irlandesas, que também desenvolve actividades no Colégio do Bom Sucesso e na Casinha de Nossa Senhora.

O Centro apoia quase 90 famílias, cerca de 300 pessoas e destas, metade é crianças. Na hora em que eu conheci o espaço e o trabalho desenvolvido e a Dra. Amélia percebi que podia ser útil. Fiz uma recolha de roupas lá em casa e pedi a algumas pessoas brinquedos para oferecer às crianças este Natal- elas não precisam de muito, só querem uma coisa nova, embrulhada, para ser só sua. Custa muito pouco fazer uma criança feliz… mas além das crianças era preciso ajudar as famílias. A tia Suzete conseguiu roupa nova para quase todas, através de uma empresa que se dispôs a ajudar, de imediato. A entrega foi ontem e estes são os cabazes preparados para cada uma das pessoas e os presentes para os seus filhos.

Mas antes desta entrega estive com amigas do Centro de Psicologia de Almada que também fazem recolha de roupa para ajudar pessoas carenciadas. Já me tinham dito para levar roupas mas ontem é que foi! Várias caixas e sacos com coisas que vão, seguramente, tornar o Natal destas pessoas mais quentinho.

Mas, no meio de todas as dádivas, fizeram questão que trouxesse uma. Um casaquinho de lã, feito à mão, de cor verde.

Diziam-me que era especial, depois percebi porquê. Este casaco de lã verde, foi feito por uma senhora que sofre de Parkinson. Mas a vontade de ajudar era tanta que, mesmo com todas as óbvias limitações, esta senhora tricotou o casaquinho. Queria muito ajudar e só isso a fez resistir… um ano. Um ano foi o tempo que demorou a terminá-lo e entregá-lo para que pudesse aconchegar uma criança de meses. Na altura que o entreguei no CSF chorámos todos, cada um à sua maneira.

Está cumprido. Demorou mas quando a vontade de ajudar é genuína, tudo se alinha e o propósito é atingido. É uma lição grande de força de vontade e resiliência.

Como imaginam, há muitas pessoas a precisar de ajuda. Dou-vos o exemplo da D. Fernanda que conseguiu uma casa num prédio social e está tão feliz porque também vai ter um quadrado de terra para uma horta. Do José, outrora sem abrigo, hoje numa habituação social também mas ainda a compor o seu espaço. E que agradece profundamente a ajuda que lhe dão mas também tem a plena consciência que tem um papel activo (e tão fundamental) na reconstrução da sua vida.

São só dois exemplos de pessoas que não desistem e todos os dias seguem em frente e tentam mais um bocadinho. Há quase 90 famílias. Este post não é para dizer o que fiz. É para vos alertar que falta muito mais: o José precisa de um fogão, frigorifico, micro-ondas. A Dona Fernanda, das coisas de todos os dias.

Se puderem ajudar, não hesitem. Tenho a certeza que o vosso Natal vai correr muito melhor.

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Article by Patrícia Matos

Sou grata porém inconformada. Optimista mas atenta. Alegre mas ponderada. Muito resiliente e ainda mais focada. Por isso, permitam-me a pergunta: se a vida vos dá limões por que insistem em fazer sumo de maçã?

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Patricia Matos

Sou grata porém inconformada. Optimista mas atenta. Alegre mas ponderada. Muito resiliente e ainda mais focada. Por isso, permitam-me a pergunta: se a vida vos dá limões por que insistem em fazer sumo de maçã?

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