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25 Novembro, 2017  |  By Patrícia Matos In 4.0

É a economia, …

Há uns tempos, Bill Gates, fundador da Microsoft e um dos homens mais ricos do mundo veio dizer que se devia taxar os robots. O mundo insurgiu-se e e até a União Europeia se mostrou redondamente contra a ideia com um lacónico ‘Nem pensar’. Mas… será assim tão disparatada?

O desenvolvimento do digital implica com a vida toda, como a conhecíamos até agora e a economia não é excepção.

O Fórum Económico Mundial, o Bank of America e a UBS estimam que o impacto das máquinas afecte principalmente os trabalhadores menos qualificados ou menos preparados para a evolução (na prática, é a mesma coisa). É por isso que Gates pede também que os governos dos vários países se preocupem com estas pessoas menos dotadas para lidar e reagir à tecnologia. Serão 5 milhões de postos de trabalho nos Estados Unidos da América, outros tantos na Europa e claro que Portugal não vai escapar. As ideias de Gates parecem-me lógicas: é preciso desenvolvimento mas um Estado não se pode esquecer dos seus deveres democráticos para com os cidadãos também do ponto de vista económico. Está na Constituição, não invento nada (artigo 2º).

Também Elon Musk, CEO da Tesla e Mark Zuckerger, fundador do Facebook defendem a supervisão, de forma mais efectivada, em relação às máquinas. O número de empregos vai diminuir drasticamente mas as empresas vão continuar a existir, ainda que tenham que se reinventar. Essa reinvenção não implica auto-suficiência total, pelo menos, logo é preciso continuar a criar lucros e riqueza.

Rodrik (2010) aprofundou este tema e percebeu, desde logo, que a globalização seria uma ameaça à democracia, aquilo que chamou de hiperglobalização e que isso iria criar novos conflitos políticos. Por isso, indica 3 soluções: supressão da democracia, restrição da globalização ou mundialização da democracia. O autor diz que 2ª é a mais acertada. Não concordo e é neste ponto que entra a opinião de Bill Gates, o papel do Estado é fundamental.

O professor Adriano Moreira (2014), tal como Musk, lembra que a globalização depende das relações internacionais, e invoca a teoria da complexidade crescente, na mesma base de pensamento de Teilhard de Chardin, a multiplicação qualitativa e quantitativa dos centros de decisão e de uma multiplicação de mútuas relações. Grande parte dos avanços tecnológicos estão nos EUA, alguns autores dizem até a revolução é americanizada, o que aumenta o seu soft power (Nye, 2005) mas NENHUM Estado está imune aos efeitos do fenómeno.

A verdade é que no centro da globalização estão…. As pessoas. “A democracia é do povo, pelo povo e para o povo”. São as pessoas que fazem a revolução. Logo, as pessoas, a democracia, tem de ser preservada e cuidada.

Regras de três simples. Básico.

 

Referências:

Rodrik, Dani (2010), The globalization Paradox, Democracy and the future of the world economy, Paperback.

Moreia, Adriano (2014), Ciência Política, 6a Edição, Almedina, Coimbra.

Nye, JR. Joseph (2005), O paradoxo do poder Americano. Porque é que a superpotência Mundial não pode actuar isoladamente, Gradiva, Lisboa.

Outras referências:

Bill Gates quer taxar robôs. União Europeia diz ‘nem pensar’

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Article by Patrícia Matos

Sou grata porém inconformada. Optimista mas atenta. Alegre mas ponderada. Muito resiliente e ainda mais focada. Por isso, permitam-me a pergunta: se a vida vos dá limões por que insistem em fazer sumo de maçã?

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Patricia Matos

Sou grata porém inconformada. Optimista mas atenta. Alegre mas ponderada. Muito resiliente e ainda mais focada. Por isso, permitam-me a pergunta: se a vida vos dá limões por que insistem em fazer sumo de maçã?

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